Boa parte da água que inundou ao menos três quarteirões do bairro Campo Grande, zona oeste do Rio, já havia escoado na tarde desta terça-feira. Técnicos da Cedae, a concessionária de abastecimento de água do Estado do Rio, trabalhavam na reparação de uma tubulação que rompeu pouco antes das 6h.
O vazamento projetou uma forte coluna de água que destruiu 17 casas e inundou as ruas em um raio de dois quarteirões. Uma criança de três anos morreu afogada. Ela chegou a ser socorrida e reanimada, mas não resistiu a caminho do Hospital Estadual Rocha Faria.
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Outras 16 pessoas ficaram feridas com escoriações. Segundo o Corpo de Bombeiros, 72 pessoas ficaram desabrigadas e cerca de 70, desalojadas.
De acordo com o diretor de operações da Cedae, Jorge Briard, o vazamento durou aproximadamente 1 hora e 30 minutos. O rompimento da adutora ocorreu pouco antes das 6h desta terça feira.
Editoria de Arte/Folhapress |
Aos poucos a pressão da água foi diminuindo até parar o vazamento completamente, por volta das 15h. Policiais civis da 35ª DP (Campo Grande) irão investigar o que levou ao vazamento. Peritos do Instituto Carlos Éboli estiveram no local, mas não chegarão a uma conclusão ainda.
O cenário no local é de destruição. Casas destruídas e carros de cabeça para baixo dão mostras da força das águas, que se assemelhou a de uma enxurrada. As famílias desabrigadas serão alojadas em uma escola da região e em hotéis na vizinhança.
O trabalho de conserto da tubulação já está em curso e, segundo a Cedae, a região voltou a ser abastecida, só que por meio de outra adutora. A tubulação só voltara a operar em 48 horas.