Folha de S. Paulo


Perita aponta compatibilidade entre sangue de réu e o achado em Bianca

Mais duas peritas prestaram depoimento nesta quarta-feira no julgamento de Sandro Dota, acusado de matar a cunhada, Bianca Consoli, em setembro de 2011. A perita criminal Margarete Mitiko voltou a apontar a compatibilidade entre o sangue do réu e o encontrado em Bianca após o crime.

"O sangue encontrado debaixo das unhas da vítima é compatível com o colhido na calça usada pelo réu", afirmou. Antes dela, já tinha sido ouvida a perita Ana Cláudia Pacheco, que também apontou contabilidade. Ela foi ainda questionada sobre uma possível fraude no exame, mas afirmou que "isso só existe em novela."

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Também foram ouvidos entre a tarde e a noite desta terça a papiloscopista policial Alaide Mariano, uma amiga de Bianca e um pedreiro que teria trabalhado na casa da jovem na época do crime. Com o término dos depoimentos, o réu deve ser ouvido na noite de hoje após o retorno do recesso iniciado por volta das 20h30.

Mais cedo, foi ouvida irmã da jovem e mulher do réu, Daiana Consoli. Ela afirmou que o acusado "era possessivo e não gostava de ser contrariado." Disse que acreditava na inocência de Dota logo após o crime, mas acabou percebendo que havia "algo errado", quando ele se negou a fornecer material para o DNA.

Também depôs nesta terça-feira, a perita Angélica de Almeida, que elaborou o laudo necroscópico no corpo da vítima. Segundo ela, Bianca morreu por asfixia e havia lesões no corpo da jovem que indicava luta corporal entre ela e seu assassino.

O julgamento teve início ontem, quando foram ouvidos a mãe de Bianca, a delegada Gisele Priscila Capello Lelo e o investigador Mauríciu Vestyik. Eles também afirmou durante os depoimentos que Dota assediava Bianca e que ele apresentava arranhões nos braços após o crime.

Reprodução/Facebook
A estudante Bianca Ribeiro Consoli, 19, foi assassinada em sua casa, em 2011, na zona leste de São Paulo
A estudante Bianca Ribeiro Consoli, 19, foi assassinada em sua casa, em 2011, na zona leste de São Paulo

O CASO

Bianca foi morta na noite de 13 de setembro de 2011, na casa onde vivia com seus pais, na zona leste de São Paulo. Ela foi encontrada com um saco plástico na cabeça e sinais de enforcamento.

Os pais de Bianca estavam trabalhando e ela estava sozinha em casa quando foi assassinada. A tia dela, que mora ao lado, estranhou ao ver as janelas da casa abertas, com todas as luzes e TVs ligadas. O portão estava trancado.

Quando a mãe da jovem chegou, chamou um primo de Bianca, de 10 anos, para pular o portão e abri-lo por dentro. Os familiares, então, entraram na casa e encontraram a jovem estendida na sala, perto de uma porta que dá acesso à sacada. Alguns móveis da casa estavam revirados, mas nada foi roubado.


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