Folha de S. Paulo


Protesto de profissionais da saúde termina e av. Paulista é liberada

A avenida Paulista, na região central de São Paulo, foi totalmente liberada para o tráfego por volta das 21h desta terça-feira após ser fechada por um protesto que reuniu profissionais da saúde.

O grupo que chegou a ser de 3.000 pessoas fechou outras vias da região central no protesto que teve caixões com fotos da presidente Dilma Rousseff e dos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação).

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Os profissionais da saúde protestaram contra a atuação de médicos estrangeiros no país sem a revalidação do diploma, contra os vetos do ato médico e contra a medida provisória que exige a atuação dos médicos recém formados por dois anos no SUS (Sistema Único de Saúde).

A presidente da Associação de Médicos do Hospital das Clínicas, Irene Abranovich, afirmou que 500 médicos da unidade foram mobilizados para comparecer ao ato. Todos usam faixas pretas nos braços pelo luto pela saúde. Eles afirmam que não falta médico e sim infraestrutura e investimento nos hospitais.

A mesma opinião foi dada pelo presidente da Associação dos Antigos Alunos da USP, Jurandir Godoy Duarte. Ele afirma discordar dos vetos ao "ato médico" e acrescenta: "Quero ver se os políticos ficariam seguros com prescrições feitas por alguém que não tem a formação de médico."

OUTROS

Mais cedo, houve um outro protesto na avenida Washington Luís (zona sul), com aposentados e pensionistas que reivindicam o pagamento de uma ação já ganha. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), cem pessoas participaram do ato que já tinha sido encerrado por volta das 18h.

Houve outra manifestação ainda na rua Quirino de Andrade, na frente da reitoria da Unesp. De acordo com a Polícia Militar, o ato foi promovido por cerca de 80 pessoas que pedem a substituição da reitoria e melhores condições de ensino. O movimento foi pacífico.

Teve também mais cedo um protesto contra a morte do funkeiro MC Daleste, no vale do Anhangabaú, também na região central da cidade. O ato foi convocado pelas redes sociais e a PM não informou quantas pessoas reuniu.


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