Manifestantes acamparam no entorno da obra do Acquario Ceará, em Fortaleza, na noite de sexta-feira (12) para realizar uma ocupação de 24 horas no local em protesto contra a construção do projeto.
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Cerca de 300 pessoas participaram do protesto na noite de sexta, mas somente cerca de 80 passaram a madrugada no local, de acordo com a Polícia Militar.
A ocupação está prevista para continuar até a noite deste sábado (13).
Os manifestantes realizaram atividades culturais, como malabares e apresentações musicais, colaram cartazes nos tapumes da obra do Acquario e fizeram debates sobre a obra.
O Acquario, projeto do governador Cid Gomes (PSB) para impulsionar o turismo no Estado, tem custo previsto de R$ 270 milhões e é visto pelos manifestantes como uma obra "faraônica" e desnecessária. "A seca, como fica? Aquário não!", dizia um dos cartazes.
Grupos diversos participam do protesto, como estudantes, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhados Rurais Sem Terra) e moradores do Poço da Draga, bairro pobre localizado ao lado da obra do Acquario.
"Estão construindo o aquário, mas estamos aqui há 107 anos sem saneamento básico", afirmou Ivoneide Góis, 48, líder comunitária do Poço da Draga.
A segurança no local foi reforçada com policiais militares dentro da obra e no entorno, para impedir invasão e quebra-quebra. O protesto é pacífico e não houve confusão.
Após a onda de protestos, o governador Cid Gomes prometeu a realização de um plebiscito para consultar a população sobre a obra do Acquario mas, na última semana, o projeto foi arquivado na Assembleia Legislativa do Ceará. A Câmara Municipal também deve apreciar um projeto semelhante. (AGUIRRE TALENTO)
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| Maquete digital do Acquario Ceará, que deve ser inaugurado em 2014 |