Folha de S. Paulo


Dar dinheiro foi 'humanitário', diz recrutador de manifestantes

O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, afirmou que a central "não tem absolutamente nada a ver com qualquer tipo de remuneração" paga a manifestantes.

Disse, no entanto, que a UGT congrega diversos sindicatos e que soube que um deles ofereceu "ajuda de custo".

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Passou o telefone para um homem que se identificou como Josimar Andrade.

Ele disse que não trabalha para a UGT, mas que é um "mobilizador". Afirmou que reuniu por conta cerca de 40 pessoas --"amigos, familiares, trabalhadores de diversos setores". E que, como a manifestação já durava nove horas, decidiu dar a ajuda "por questões humanitárias".

"Como eu não vou pagar um lanche, um x-salada, vendo aquelas pessoas, mulheres, andando desde as 6h? É humanitário. Tenho que ter essa sensibilidade."

Ele disse que pagou --R$ 2.800, a julgar o número de pessoas que disse ter levado-- "do próprio bolso". E negou ter sido pago pela UGT para recrutar as pessoas.

Alessandro Silva, da CSB, disse que "desconhece completamente" o pagamento.


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