Folha de S. Paulo


Cheiro das bombas de gás lacrimogêneo é sentido em clínica no Rio

Um grupo de manifestantes que participava de um protestos na frente do Palácio Guanabara, no Rio, se refugiou em direção a uma clínica médica durante o confronto com a PM, ocorrido na noite desta quinta-feira. O ato já tinha terminado por volta das 23h, após a prisão de 12 pessoas e apreensão de oito adolescentes.

Os manifestantes que tentaram invadir o Palácio Guanabara foram reprimidos com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água lançados de um caminhão, novo equipamento comprado pelo governo estadual. Com a fuga, a polícia então lançou mais bombas de gás em direção ao hospital.

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Funcionários que não quiseram se identificar disseram que o cheiro de gás foi sentido nos quartos, mas nenhum de seus pacientes teve seu estado de saúde agravado. Ao todo, 22 leitos estavam ocupados no momento. Ao menos um manifestantes entrou no hospital com um ferimento na cabeça e foi atendido.

O protesto de sindicalistas no centro do Rio chegou a reunir 2.500 pessoas ao longo da tarde. No início da noite, houve confronto entre um grupo de manifestantes mascarados e os policiais militares. Posteriormente, houve outra confusão na região da Cinelândia e outro na frente do palácio.

Em nota divulgada à noite, o governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que "o vandalismo não será tolerado" e que há grupos "com o objetivo claro de gerar o pânico e destruir o patrimônio público e privado" tentando se aproveitar das "manifestações legítimas de milhares de jovens".


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