Folha de S. Paulo


Paraná tem atos em estradas e pedágios; 10 mil metalúrgicos pararam, diz sindicato

No dia da paralisação nacional convocada pelas centrais sindicais, o Paraná amanheceu com algumas de suas principais rodovias bloqueadas.

Os bloqueios, que começaram às 8h, afetaram a BR-277, sentido litoral (na altura de São José dos Pinhais) e interior do Estado (em Campo Largo), a BR-376, que leva a Santa Catarina, e o Contorno Sul, que conecta a BR-277 com a BR-116.

As manifestações são lideradas por metalúrgicos das principais fábricas do Estado, como Renault, Volvo e Volkswagen, que paralisaram suas atividades hoje. Segundo o sindicato da categoria, cerca de 10 mil metalúrgicos aderiram ao movimento.

Por volta das 10h30, os trechos foram liberados. Houve filas de até 5 km. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o tráfego estava regularizado no final da manhã.

Praças de pedágio no interior do Estado também foram ocupadas por manifestantes. As cancelas foram liberadas para os veículos na BR-277 (em Cascavel e São Luís do Purunã) e em rodovias do Norte do Estado (em Arapongas, Mandaguari, Campo Mourão e Floresta).

OUTROS SERVIÇOS

Em Curitiba, as paralisações também afetaram a coleta de lixo, que está suspensa até as 19h de hoje, o Hospital de Clínicas, que só fará atendimentos de urgência e emergência, e a UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Motoristas e cobradores de ônibus definem às 15h se vão aderir à paralisação. Caso decidam que sim, o transporte público pode parar no final da tarde.

Desde o início da manhã, há marchas de algumas categorias em direção ao palácio do governo, no Centro Cívico. Várias ruas da região central sofrem interdições temporárias por causa das passeatas.

Às 16h, está previsto um grande ato na praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba.

PAUTAS

As centrais reivindicam a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, o investimento de 10% do PIB em educação e saúde e protestam contra um projeto de lei que amplia a terceirização, entre outros tópicos.

No Paraná, os sindicalistas também pedem a redução do preço do pedágio e mudança na eleição dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.


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