Folha de S. Paulo


Assassino de MC Daleste estava na plateia de show, afirma polícia

A Polícia Civil de Campinas (a 93 km de São Paulo) descartou participação na morte do funkeiro Daniel Pedreira Sena Pellegrine, 20, conhecido como MC Daleste, de pessoas que estavam no palco do show no momento do crime.

O delegado Rui Pegolo, responsável pelas investigações, descartou a hipótese após ouvir formalmente seis pessoas nesta quarta-feira (10).

"Os depoimentos dos que estavam no palco são verossímeis, então descartamos a participação deles no crime", disse Pegolo. "Mas não descartamos nenhuma hipótese. É prematuro dizer que foi passional, por desavença ou qualquer outro motivo."

Um dos que estavam no palco e foi ouvido é Anderson de Souza, 37, funcionário público e presidente da associação de moradores da CDHU do bairro Vila San Martin, na zona norte da cidade. Ele se apresentou espontaneamente para prestar depoimento.

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Souza disse ter sido atingido por um fragmento, provavelmente de uma das balas que foi disparada, e que chegou a mencionar o fato a outras pessoas que também estavam no palco. Disse, contudo, que não foi possível avisar MC Daleste em tempo.

O crime ocorreu na noite de sábado (6) durante um show em festa junina no bairro Vila San Martin. MC Daleste chegou a ser atingido de raspão na axila por um disparo, mas continuou o show. Três minutos depois, um tiro no abdome o vitimou.

O funkeiro foi atingido por volta das 22h40 --cerca de dez minutos após subir ao palco. Ele chegou a ser levado ao Hospital Municipal de Paulínia, mas não resistiu ao ferimento e morreu à 0h55.

"O atirador é profissional", reiterou o delegado Pegolo." Ele sabia o que estava fazendo. O crime foi premeditado."

Mário Cortez
Jovens em frente a casa de Roland Pellegrine, pai do MC Daleste, em protesto contra assassinato do cantor
Jovens em frente a casa de Roland Pellegrine, pai do MC Daleste, em protesto contra assassinato do cantor

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