Folha de S. Paulo


Alckmin critica medida que obriga médico a atuar no SUS

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), criticou nesta quarta-feira (10) a iniciativa do governo federal de exigir que novos médicos trabalhem dois anos na atenção básica da rede pública após cursar os seis anos de graduação em medicina. Para Alckmin, o governo federal deveria priorizar o financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde).

"Estamos passando longe dos problemas da saúde. O problema básico do SUS é financiamento. [...] Não basta só médico", afirmou.

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A exigência de que novos médicos atuem no SUS por dois anos foi anunciada na última segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff.

Segundo a medida provisória editada pela Presidência, os cursos de medicina terão dois ciclos.

O primeiro segue o modelo atual. No segundo, o profissional atuará com um registro provisório do Conselho Regional de Medicina em postos de saúde, prontos-socorros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da rede pública.

Alckmin disse ainda que o governo federal levou "o caos" ao sistema ao reduzir sua participação no financiamento do SUS.

"No momento em que o país envelhece, a medicina fica mais sofisticada, você reduzir em 11% [pontos percentuais] o financiamento da saúde, evidente que é o caos. Nós tínhamos, em 2001, 56% do financiamento da saúde pelo governo federal. Onze anos depois, 45%."


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