A especialidade de Carlos Humberto Goyen Porciuncula, o Carlão DJ, era saber exatamente o que uma pessoa gostaria de ouvir. Ele foi pioneiro em montar trilhas para restaurantes, lojas e pessoas.
Seu estúdio na capital paulista, o Personal DJ, organiza há cerca de cinco anos listas de músicas para tocar em estabelecimentos comerciais.
Fez a seleção, por exemplo, para as lojas da Kipling e da Track & Field e para o restaurante Due Cuochi, como conta seu funcionário e amigo Mário José Pereira, o DJ Marinho.
Carlão também escolhia faixas para colocar no iPod de empresários paulistanos, de acordo com o perfil do cliente. Tinha a fama de nunca errar.
Nascido em Montevidéu, no Uruguai, era filho de um administrador brasileiro e de uma dona de casa uruguaia.
Veio ao Brasil por volta dos 16 anos e trabalhou por muitos anos no Museu do Disco, como lembra o irmão, Carlos Mário. Também teve a loja de discos Advan CD, com unidades nos Jardins e no shopping Ibirapuera. Nos estúdios que teve, deu cursos para DJ.
Dono de um coleção de 10 mil CDs, discotecava em festas --e até em spa, como contou à Folha, em 2008. Quando pesava 215 kg, decidiu levar seu equipamento de DJ ao spa onde passaria alguns meses. Montou uma balada no local e acabou sendo contratado.
Extrovertido, tirava sarro de todo mundo e falava muito palavrão, segundo a família.
Há 12 anos, fez uma operação de redução de estômago. Estava pesando 98 kg.
Passara por uma cirurgia, mas não resistiu a uma hemorragia. Morreu na quarta (26), aos 53. Deixa duas filhas, de um primeiro casamento.
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