Folha de S. Paulo


Após manifestação de policiais, avenida Paulista é liberada

Pela segunda vez em menos de três horas, a avenida Paulista foi palco de um protesto nesta quinta feira. Policiais militares da reserva, investigadores da Polícia Civil e agentes penitenciários marcharam pela avenida e chegaram a bloquear o tráfego de veículos nos dois sentidos da via. A avenida Paulista só foi completamente liberada por volta das 17h.

Por volta das 15h20, o grupo chegou ao vão livre do Masp, onde fez um protesto e começou a se dispersar. Entretanto, a via ainda tinha algumas faixas bloqueadas porque outro grupo de cerca de 50 manifestantes interditou a via para pedir a reabertura da Feira da Madrugada, no centro da cidade. Mais cedo, uma manifestação de bancários e metalúrgicos também interditou uma faixa da Paulista.

O maior ato foi composto por cerca de 300 policiais civis e militares da reserva, além de agentes penitenciários. Policiais militares são proibidos de fazer greves e manifestações e, por isso, muitas vezes são representados por familiares e policiais da reserva.

Durante a manhã, os manifestantes participaram de uma assembleia na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Liberdade, centro da cidade.

Eles reivindicam: reajuste dos salários das categorias, redução da quantidade de carreiras na Polícia Civil, contratação de mais agentes penitenciários e diminuição na lotação das cadeias.

Durante a assembleia, o deputado estadual Olímpio Gomes (PDT), major da reserva da PM, afirmou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer receber o grupo ainda hoje.

No entanto, os policiais e agentes rechaçaram a ideia. Eles alegam que o convite é uma estratégia para "desmobilizar o movimento".

"Conseguimos uma vitória. Tivemos a sinalização que seremos recebidos. Agora, eles [governo] precisam atender às reivindicações", disse João Batista Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado de São Paulo.


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