Folha de S. Paulo


Prefeitura de SP adia obra do túnel da avenida Roberto Marinho

A prefeitura retirou a obra do túnel da Água Espraiada, na zona sul de São Paulo, da sua lista de prioridades. Informação divulgada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo" dá conta que Fernando Haddad (PT) suspendeu o início da obra, que tem ordem de serviço válida desde abril.

Pelo projeto, feito na gestão anterior, o túnel de 2.350 metros ligará a avenida Jornalista Roberto Marinho à rodovia dos Imigrantes.

A obra é polêmica. O custo oficial de R$ 2,2 bilhões é considerado alto por especialistas em urbanismo e equivale ao total arrecadado até agora pela Operação Urbana Água Espraiada. Eles também criticam o fato de que o túnel é mais uma intervenção para beneficiar apenas carros.

Segundo a prefeitura, a obra não está cancelada, mas postergada. Ela será feita depois dos outros projetos previstos dentro da operação.

O túnel seria feito por baixo de um novo parque linear, que está mantido, informou a administração municipal.

Para que o parque seja feito, será preciso remover quase 40 mil pessoas, que ocupam 16 favelas na região.

Durante a campanha eleitoral, Haddad garantiu que iria fazer o túnel, apesar de dizer também que deveria rever o projeto, com base em consultas públicas.

Segundo o prefeito, a decisão de suspender o início da construção do túnel saiu das audiências públicas feitas na região nas últimas semanas para rever o plano de metas.


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