Nélio Botelho tem estado à frente dos principais movimentos dos caminhoneiros desde 1999, quando a categoria surpreendeu o país com uma greve de quatro dias que bloqueou as grandes rodovias, gerando desabastecimento em algumas cidades.
Estava na pauta naquele ano o fim do pedágio, a redução do custos do diesel e a flexibilização do Código de Trânsito, que estava entrando em vigor no Brasil.
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A mobilização dos grevistas era feita por meio de um programa de rádio muito ouvido pelos caminhoneiros.
Apesar de ter conseguido muito pouco do que reivindicava em 1999, Botelho voltou a convocar outras greves.
A última delas foi no ano passado, quando a Lei de Descanso dos caminhoneiros começou a valer.
O instrumento de mobilização agora, contudo, é a internet e as redes sociais.
Apesar da evolução do meio de comunicação, a pauta é basicamente a mesma. E a briga de Botelho com outros representantes da categoria também não mudou muito.
Eles o acusam de não representar os trabalhadores, por ser um empresário do setor --Botelho tem uma frota de caminhões e presta serviço para a Petrobras.
O sindicalista afirma sempre ser independente de partidos e governos.
No entanto, é muito ligado ao senador Francisco Dornelles (PP-RJ), a quem apoia nas campanhas.