Folha de S. Paulo


Protesto em Goiânia termina em confronto com a polícia

Manifestantes e policiais entraram em confronto em frente à Prefeitura de Goiânia na noite desta segunda-feira (24) ao final de mais uma manifestação na cidade.

Segundo a Polícia Militar, um grupo de 70 pessoas atirou pedras contra seguranças que estavam no local e tentou invadir o prédio.

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Policiais da tropa de choque usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

O protesto teve como bandeira principal o repúdio às PECs (Propostas de Emenda à Constituição) 33 e 37, que impõem limites, respectivamente, à atuação do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público.

O ato começou às 16h, com concentração de 500 pessoas na praça Cívica, no centro da capital goiana. O grupo seguiu em caminhada até chegar à sede da prefeitura.

Durante o percurso, lixeiras foram derrubadas por um grupo de manifestantes. Também houve tumulto em um terminal de ônibus, quando alguns passageiros foram retirados dos ônibus e motoristas foram parados.

Já nas imediações da prefeitura, manifestantes bloquearam um trecho da BR-153 por cerca de 15 minutos. Em seguida, um grupo de cerca de 70 pessoas, com os rostos cobertos, chegou ao prédio da prefeitura atirando pedras nos guardas que fazem a segurança. Ao menos uma pessoa foi detida.

Em torno de 200 policiais militares, além de homens da Guarda Municipal, permaneciam na prefeitura por volta das 21h30. Durante todo o dia, 400 policiais acompanharam a manifestação.

Outras cidades também têm protesto acontecendo na noite de hoje, como em Campinas (a 93 km de São Paulo), Rio de Janeiro e Porto Alegre, Vitória, Belém; além do Distrito Federal. Os atos acontecem contra a PEC 37 (que limita o poder de investigação do Ministério Público) e pedem melhorias no transporte público, entre outras reivindicações.


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