Folha de S. Paulo


Manifestantes incendeiam carro do SBT no Rio; jornalista fica ferido

Um carro do SBT foi depredado e incendiado por um grupo de manifestantes na noite desta quinta-feira durante o protesto contra as tarifas do transporte público, que ocorre na região central do Rio. Segundo a emissora, um jornalista ficou ferido.

A manifestação, que começou de forma pacífica, ficou tenso no início da noite na região da prefeitura. Morteiros foram disparados pelos manifestantes e, em resposta, a polícia disparou bombas de efeito moral. Há feridos no local, mas ainda não se sabe quantos.

Veja o mapa dos protestos que acontecem pelo país

As empresas ao redor da Prefeitura do Rio, como Petrobras e Correios, liberaram os seus funcionários mais cedo. As agências de bancos da região (duas agências do Itaú, uma da Caixa, uma do BB e uma do Bradesco) estão fechadas para o público, protegidas também com tapumes.

O mesmo ocorre na estação de metrô Cidade Nova. O comércio no local também está fechado. Manifestantes também invadiram uma área isolado do Terreirão do Samba, vizinho ao Sambódromo. Foi ateado fogo nos tapumes que cercavam o espaço.

IMPRENSA

Em Natal, um carro da Band também foi incendiado durante os protestos, não há, no entanto, registro de pessoas feridas.

Na última terça-feira (18), um carro da Record foi depredado e incendiado por um grupo de manifestantes na durante o protesto contra as tarifas na região central de São Paulo. As pessoas que estavam no veículos fugiram do local após a abordagem do grupo.

No protesto do último dia 11, pelo menos, 15 jornalistas ficaram feridos na capital paulista, segundo levantamento da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). Apenas da Folha, foram sete jornalistas atingidos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

PASSEATA

A passeata de hoje no Rio de Janeiro teve início de forma pacífica por volta das 16h na região da Candelária, também no centro da cidade. A caminhada até o ponto final ocorria de forma pacífica até as 19h.

Os moradores do prédio São Vito, popularmente conhecido como Treme-Treme, acendiam e apagam as luzes no momento em que os manifestantes passavam pelo local.

No começa do ato, os manifestantes reunidos no centro do Rio gritavam frases como "Povo na rua, Dilma a culpa é sua" e "Brasil, vamos acordar. O professor vale mais do que o Neymar".

Também tinham bonecos nas ruas que simulavam policiais e bombeiros feridos. Alguns gritavam: "Bombeiro não. Bombeiro é amigo."


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