A Secretaria Municipal de Conservação de Niterói começa a contabilizar na manhã desta quinta-feira os estragos registrados após a manifestação realizada ontem à noite. Ao final do protesto, um grupo de 100 homens iniciaram atos de vandalismo pelas ruas da cidade.
Na avenida Amaral Peixoto, via principal do município, bancos e comércios foram depredados. Segundo a Secretaria de Conservação de Niterói, oito caminhões e uma pá mecânica trabalham para retirar mais de 40 toneladas de lixo das ruas.
Orelhões, placas de sinalização e pontos de ônibus também foram destruídos. Paredes de comércios, casas e monumentos de praças públicas foram pichados. A prefeitura da cidade informou que ainda faz o balanço geral dos danos registrados.
CONFRONTO
Ontem, durante o ato, manifestantes tentaram incendiar e virar um ônibus na avenida Amaral Peixoto. Um pouco adiante, na rua Marquês do Paraná, o Batalhão de Choque atirou bombas de gás lacrimogêneo em direção aos manifestantes, que responderam jogando morteiros. Houve muita correria e tumulto nas ruas do centro da cidade.
A tentativa de fechar os acessos à ponte Rio-Niterói partiu de um grupo de manifestantes que se desviou dos que se concentravam em frente à Câmara Municipal da cidade.
Depois de tentarem ocupar os acessos à ponte Rio-Niterói, parte dos manifestantes seguiu para a estação das barcas, em Niterói. O grupo passou a se concentrar em frente à estação, mas um bloqueio formado por policiais do Batalhão de Choque impediu que eles invadissem a estação.
Cerca de 50 policiais do Batalhão de Choque, armados com bombas de gás lacrimogêneo e levando cachorros, já estavam posicionados em um dos acessos à ponte. Quando os manifestantes chegaram, os policiais começaram a atirar as bombas, fazendo com que os manifestantes recuassem.
Todos os acessos à ponte (Linha Vermelha, avenida Brasil e Viaduto do Gasômetro) foram fechados e o trânsito ficou lento em todos os pontos que levam à ponte, no Rio e em Niterói. Eles começaram a ser liberados às 20h27.