Folha de S. Paulo


Após noite de destruição, equipes iniciam limpeza no centro de São Paulo

No lugar dos vândalos, equipes de limpeza e manutenção. Assim amanheceu o centro de São Paulo após noite de saques e depredações que ocorreram em meio ao protesto pacífico contra o aumento da tarifa na cidade.

Curiosos se aglomeram em frente a lojas e agências bancárias que ainda estão fechadas "para reformas". A gerente regional da loja Marisa, uma das saqueadas, afirmou que "há muito trabalho a fazer". Os prejuízos da rede ainda não foram contabilizados.

Manifestantes tentam invadir a Prefeitura de SP durante protesto
'Estão entrando, estão entrando', diz assessor na prefeitura
Protesto reúne 50 mil pessoas em passeata no centro de SP
Enquete: O movimento Passe Livre vai conseguir reduzir o preço das tarifas?

Caroline Dias, vendedora da Marisa, conta que os criminosos levaram quase tudo, inclusive uma moto que estava exposta. E afirma que "quem fez isso foi gente que se aproveitou da passeata, que até então era pacífica".

A sede da Prefeitura de São Paulo, que foi depredada, concentra o maior número de curiosos. "Estão brigando por 20 centavos e dão esse prejuízo todo", gritou um dos observadores.

O MPL (Movimento Passe Livre), organizador dos atos contra o aumento, condenou os episódios de violência e classificou o movimento como "revolta popular".

"Se quiser manter a cidade em ordem e conter esse sentimento de revolta, vai ter de mudar", disse à Folha um dos líderes do MPL, Marcelo Hotimsky.

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse hoje, em entrevista ao SPTV, que o governo não vai tolerar atos criminosos na cidade em meio às manifestações. Segundo ele, a polícia vai agir energicamente contra bandidos infiltrados entre as pessoas que querem protestar pacificamente na cidade.


Endereço da página:

Links no texto: