Folha de S. Paulo


Movimento Passe Livre condena violência e fala em 'revolta popular'

O MPL (Movimento Passe Livre) condenou os episódios de violência da noite de ontem durante as manifestações pela redução da tarifa do transporte público na capital e classificou o movimento como "revolta popular".

"Se quiser manter a cidade em ordem e conter esse sentimento de revolta, vai ter de mudar", disse à Folha um dos líderes do MPL, Marcelo Hotimsky

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Segundo o MPL, os atos organizados pelo movimento nunca tem como alvo final sedes do poder executivo, como a prefeitura.

"A gente prefere passar pela frente para mostrar a força da população, mas encerrar em locais populares como terminais de ônibus."

Para o secretário da Casa Civil do governador Geraldo Alckmin, Edson Aparecido (PSDB-SP), no entanto, as lideranças do MPL não podem ficar alheias aos atos de vandalismo nas manifestações.

"Eu sou responsável pelo que acontece de bom e pelo que acontece de ruim também." Para ele, "estão romantizando muito as coisas."

A Folha apurou que na prefeitura o sentimento também é o mesmo. Ou seja, como o movimento não tem comando nem controle, as tentativas de diálogo dificilmente conseguirão prosperar.

O MPL volta a realizar um protesto amanhã no centro de São Paulo. A manifestação está marcada para a praça do Ciclista, na Paulista, às 17h.

Hoje, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e o Movimento Periferia Ativa planejam parar ruas da periferia da Grande São Paulo para um protesto a favor das demandas dos trabalhadores.


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