Folha de S. Paulo


TJ encerra expediente e comércio fecha mais cedo por causa de protesto

Em função do protesto contra o aumento da tarifa de transporte público que acontece nesta terça-feira (18) a partir das 17 horas na praça da Sé, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu encerrar mais cedo o expediente de todas as suas unidades localizadas na região central de São Paulo.

Nesta terça, o tribunal fecha as portas às 15h30 --o horário habitual de fechamento é às 19 horas.

O tribunal informou que a suspensão das atividades vale para a sede do TJ-SP, localizado na praça da Sé, e para unidades jurisdicionais e administrativas localizadas na região central de São Paulo, como o Fórum João Mendes Junior, na Praça João Mendes.

A Faculdade de Direito da Usp, localizada no Largo São Francisco, no centro de São Paulo, também informou que fechará mais cedo. Em nota, a faculdade disse que não haverá aula no período noturno e o prédio será fechado às 16h30.

No mesmo horário, a OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil, seção de São Paulo), cuja sede fica na praça da Sé, encerra suas atividades e libera os funcionários em função do protesto.

COMÉRCIO

Bancos, cafés e empresas do centro da cidade também estão liberando seus funcionários mais cedo por conta da manifestação do movimento Passe Livre que começará às 17h, na praça da Sé. Muitos profissionais que atuam na região central já estão deixando escritórios, restaurantes e empresas.

O dono do minimercado Caramelado, que fica ao lado da Bolsa de Valores, liberou seus 13 funcionários no início da tarde desta terça-feira. "Não sabemos o que vai acontecer. Estão dizendo que o metrô vai fechar as estações e que pode ter mais de 100 mil pessoas. A gente não quer arriscar. Pode ser que seja pacífico como ontem, mas, na dúvida, vou fechar", disse Richard Leme, 58.

Segundo ele, muitos funcionários dos bancos e empresas das ruas 15 de Novembro e Álvares Penteado já estão indo embora. "Não terei movimento mesmo na hora do protesto. Tem um pouco de prejuízo, mas o que importa é a integridade física de todos que trabalham."

Gerente do Café Latte, no Largo do Café, Félix Tadeu, 34, fez o mesmo. "Estou fechando agora. Tá todo mundo fechando. O centro já está vazio. Como chegou um boato de que não haverá transporte para ir embora, já estou liberando todo mundo", disse Tadeu.

A farmácia de manipulação HO Pharma informou que vai fechar as portas às 16 horas --normalmente o expediente da empresa se encerra às 18h.

A empresa também disse que teve de fechar mais cedo na última quinta-feira (13), dia em que houve confronto entre policiais e manifestantes durante protesto na região central de São Paulo.

A assessoria jurídica Audijur também informou que encerrará o expediente mais cedo. A empresa ficará aberta até no máximo às 17 horas, fechando uma hora antes do horário habitual, disse um funcionário da Audijur.

O Laboratório Tugumi também encerrará o expediente uma hora mais cedo, liberando os trabalhadores a partir das 17 horas desta terça, assim como fez na última quinta-feira.

A empresa de medicina do trabalho Lili também já se programou para fechar as portas antes do horário habitual. Normalmente, a empresa fica aberta até às 18 horas, mas nesta terça o expediente será encerrado às 16 horas.

A Lili também informou que na última quinta encerrou o expediente às 16h30, em uma atitude tomada de última hora em função do protesto que passou pela região central de São Paulo.

PREOCUPAÇÃO

A unidade da livraria Saraiva localizada na praça da Sé disse que fechará as portas laterais se a concentração de pessoas na região for volumosa. Não há previsão de a livraria fechar mais cedo, mas pode acontecer em casa de conflito entre policias e manifestantes.

A mesma atitude deve tomar o Sebo do Messias, que não cogita fechar as portas antes do horário habitual, a não ser em caso de confronto entre a polícia e manifestantes.


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