Folha de S. Paulo


Grupo de manifestantes invade sede do governo do Paraná

Um grupo de manifestantes que participou nesta segunda-feira (17) do protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em Curitiba invadiu e depredou parte das instalações do Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado.

Uma antessala na entrada lateral do palácio, usada para atendimento ao público, foi invadida por cerca de 20 pessoas. No local, três computadores e uma mangueira de incêndio foram quebrados. Depois, um grupo derrubou o portão que dá acesso à garagem do palácio, onde já havia policiais da tropa de choque posicionados na parte interna.

Os policiais impediram o avanço dos manifestantes usando bombas de gás e balas de borracha. Manifestantes chegaram a pichar a inscrição "2,85 não" em uma janela lateral do palácio, que foi quebrada. Pelo menos cinco pessoas foram presas por vandalismo.

A organização do ato atribuiu a violência a um grupo de "10 a 15 punks" que estariam tentando retirar a credibilidade do protesto. Antes de a tropa de choque aparecer, também estimulavam as pessoas a deixarem o local.

GOVERNO

A Casa Militar do governo de São Paulo determinou por volta das 20h30 desta segunda-feira o fechamento do Palácio dos Bandeirantes --sede do governo estadual-- e proibiu os funcionários de deixar o local. É um protocolo de segurança do palácio.

A medida foi tomada depois de chegarem informações de que manifestantes que se concentraram na marginal Pinheiros estão se deslocando para o Bandeirantes, de onde o governador Geraldo Alckmin (PSDB) acompanha os protestos em São Paulo.

Um oficial da Polícia Militar está em contato direto com um dos líderes das manifestações. Como a região do palácio é considerada zona de segurança, as tropas de elite da Polícia Militar podem ser chamadas para proteger o local.

Por volta das 22h, um grupo chegou a chutar e jogar objetos contra o portão 2 do Palácio dos Bandeirantes, mas outros jovens passaram a pedir calma. Policiais chegaram a jogar bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão.(ESTELITA HASS CARAZZAI)


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