Folha de S. Paulo


Protesto em São Paulo é o maior desde manifestação contra Collor

Com ao menos 65 mil pessoas, os protestos de hoje em São Paulo reuniram o maior número de participantes desde o movimento dos caras-pintadas pelo impeachment do presidente Fernando Collor, em 25 de agosto de 1992.

Naquela ocasião, a Polícia Militar calculou em 350 mil os manifestantes que se reuniram no Masp, na avenida Paulista, segundo levantamento do banco de dados da Folha.

Houve concentrações com mais gente na cidade desde então, mas sem esse caráter de protesto, como a Marcha para Jesus, de junho de 2010, que segundo a Polícia Militar reuniu 2 milhões de pessoas, e a Parada Gay de 2005, que juntou 1,8 milhão.

O Datafolha calculou em 250 mil pessoas o número de pessoas que se despediram do piloto Ayrton Senna, no velório dele em maio de 1994.

GOVERNO

A Casa Militar do governo de São Paulo determinou por volta das 20h30 desta segunda-feira o fechamento do Palácio dos Bandeirantes --sede do governo estadual-- e proibiu os funcionários de deixar o local. É um protocolo de segurança do palácio.

A medida foi tomada depois de chegarem informações de que manifestantes que se concentraram na marginal Pinheiros estão se deslocando para o Bandeirantes, de onde o governador Geraldo Alckmin (PSDB) acompanha os protestos em São Paulo.

Um oficial da Polícia Militar está em contato direto com um dos líderes das manifestações. Como a região do palácio é considerada zona de segurança, as tropas de elite da Polícia Militar podem ser chamadas para proteger o local.

Por volta das 22h, um grupo chegou a chutar e jogar objetos contra o portão 2 do Palácio dos Bandeirantes, mas outros jovens passaram a pedir calma. Policiais chegaram a jogar bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão.


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