Folha de S. Paulo


Pai, filhas e neta participam de protesto contra tarifas em SP

Diversas famílias foram ao largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, nesta segunda-feira, para participar da manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem. Ao todo, a PM estima que 30 mil pessoas estejam participando do protesto.

"Fazia muito tempo que isso, uma manifestação com tantas adesões, não acontecia em São Paulo", disse o engenheiro Julio Tannus, 70, que foi ao protesto com as filhas Camila 40, e Mirian, 50, além da neta Catarina, 16, que entrou no meio dos manifestantes.

Manifestantes se dividem durante passeata em São Paulo
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O mesmo fez a educadora Giuliana Pierro, 64, da ONG Educafórum. "É a primeira vez que um protesto não acontece necessariamente sob a tutela de partidos e ONGs milionárias. É assim que tem que ser", disse ela, que acompanhou a sobrinha de 17 anos.

Após a concentração no largo da Batata, o movimento decidiram dividiu dividir a passeata em dois grupos. Uma parte foi pela av. Rebouças sentido marginal Pinheiros, e outra pela av. Faria Lima. Inicialmente, um grupo liderado pelo partido PSTU disse que seguiria em direção à avenida Paulista, mas desistiu do trajeto.

As últimas manifestações do grupo foram marcadas por confrontos com a Polícia Militar. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.


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