Folha de S. Paulo


Antecipação do expediente provoca filas na estação Faria Lima do metrô

A antecipação do expediente em lojas, empresas e comércios na região do Largo da Batata refletia no movimento da estação Faria Lima, da linha 4-amarela do metrô. Por volta das 16h40, as filas para acessar a estação chegavam a 100 metros de extensão.

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A assessoria da concessionária Via Quatro informou que está liberando um número maior de catracas para aumentar a vazão dos passageiros.

Ainda segundo a Via Quatro, a expectativa é que a estação continue funcionando normalmente até o fim do dia.

FIM DE EXPEDIENTE

Funcionário de um escritório de um fundos de investimento, Gabriel da Rocha Melo, 24, diz que seu chefe o liberou às 15h30 "por precaução".

O instrutor de academia Pedro Ricardo, 21, abordado pela Folha, diz que o fim do expediente foi antecipado das 22h para as 17h.

Vizinha à estação, uma loja da Magazine Luiza também vai fechar mais cedo para evitar possíveis confusões.

Dezenas de pessoas caminham apressadas a caminho de casa na região da Faria Lima com a Rebouças, em que boa parte dos comércios está fechando as portas.

"Não adianta ficar aberto porque não vai ter clientela", disse o proprietário de uma banca de jornais na esquina das duas avenidas. "Vou perder umas quatro horas de venda." Em um dia comum, ele fecharia em torno de 20h.

A Folha também encontrou a proprietária de uma banca de salgados Faria Lima fechando as portas. "Estou indignada por ter de fechar mais cedo. Quem vai pagar as minhas contas amanhã?", disse Regiane Vieira Alves. "Se uma pedra atinge a minha geladeira o que eu vou fazer? Estou revoltada."

Alves também dispensou sua funcionária mais cedo por causa da manifestação marcada para às 17h.

CONFRONTO

Na última quinta-feira (13), o confronto entre manifestantes e PMs começou quando a polícia tentou impedir o grupo de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação e chegar à avenida Paulista, uma das vias mais importantes da cidade e que dá acesso a diversos hospitais.

Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.

Na sexta-feira (7), o segundo dia de protestos, os manifestantes fecharam a pista local da marginal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo por volta das 19h20.

Policiais que acompanhavam os manifestantes usaram bombas de gás lacrimogênio e tiros de borrachas para dispersar os cerca de 800 manifestantes.

O grupo havia se concentrado na avenida Faria Lima e seguiu pela avenida Eusébio Matoso até a marginal Pinheiros, onde bloquearam as pistas expressa e local no sentido Castello Branco.

No primeiro dia de protestos (6), os manifestantes chegaram a bloquear a avenida Paulista.

Para conter o movimento, a PM usou gás lacrimogênio e tiros de bala de borracha para reprimir a manifestação, o que provocou correria. A Força Tática esteve no local.

Os organizadores apontam que ao menos 30 pessoas ficaram feridas.
O publicitário João Biancardi, que trabalha na avenida Faria Lima, também dispensou sua equipe mais cedo e saiu junto com os funcionários. "Queremos evitar que as pessoas peguem trânsito. Além disso, quem quiser participar da manifestação terá a oportunidade."


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