Folha de S. Paulo


Movimento Passe Livre quer responsabilizar Estado por detenções em protestos

O Movimento Passe Livre (MPL-SP) afirmou que estuda medidas legais para responsabilizar o Estado por detenções arbitrárias de manifestantes em protestos contra o reajuste nas tarifas do transporte público.

"O Movimento Passe Livre entende que as detenções ocorrem dentro da lógica da criminalização dos movimentos sociais", diz a nota divulgada em rede social pelo grupo na noite de sábado (15). "A maioria das pessoas foi detida para averiguação, inclusive antes do início do ato."

MANIFESTANTES PRESOS

Das mais de 200 detenções efetuadas durante o último protesto, realizado na quinta-feira (13), quatro foram classificadas como prisão em flagrante pelos crimes de formação de quadrilha, dano qualificado e incitação ao crime.

Os acusados haviam sido enviados ao presídio de Tremembé-II na manhã de sexta-feira (14) e foram soltos no mesmo dia --duas horas depois da liberação de outras 13 pessoas que participaram do protesto anterior, realizado na terça-feira (12).

"Nesse momento, não temos nenhuma pessoa presa pela repressão às mobilizações", afirma a nota.

A informação da soltura dos quatro manifestantes --mediante pagamento de fiança de R$ 1.000 cada-- foi confirmada pela administração da penitenciária de Tremembé-II.

FIANÇA

O MPL-SP diz já ter pago mais de R$ 22 mil para liberar 15 manifestantes. O grupo vem arrecadando doações em dinheiro e até então conseguiu angariar R$ 18 mil.


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