Folha de S. Paulo


Trabalhadores devem aderir a protesto contra tarifas em SP

As manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus devem ganhar reforço de trabalhadores de várias regiões do Estado de São Paulo a partir de segunda-feira (17).

A decisão foi tomada no sábado (15) pela manhã em reunião com cerca de 100 representantes de várias entidades --entre elas o Movimento Passe Livre, que já organizou quatro protestos na cidade, e a central sindical CSP-Conlutas à qual é associada.

Metalúrgicos de São José dos Campos, trabalhadores rurais do interior paulista, operários da construção civil e funcionários do comércio são algumas das categorias que devem engrossar os protestos a partir da semana que vem.

"Estamos fazendo neste final de semana uma convocação geral para que, inclusive, nas fábricas e locais de trabalho, as pessoas possam avaliar que agora é o momento de também protestar contra a repressão e ditadura do governo Alckmin", diz José Maria de Almeida, presidente do PSTU e coordenador da Conlutas.

"Não apoiamos a depredação, nem descer o cacete em trabalhadores e estudantes que se manifestam", afirma.

Segundo o sindicalista, os policiais militares que estiverem trabalhando no ato serão convidados a "desobedecer seus comandantes" e protestar "em vez de bater".

A CUT (Central Única de Trabalhadores) e Força Sindical já se posicionaram contra a repressão policial nas manifestações. Mas ainda não está certo a participação de seus sindicatos no protesto de segunda-feira.

Na terça-feira (18), uma reunião entre militantes do movimento e a Prefeitura de São Paulo foi marcada para discutir a reivindicação dos manifestantes.

"Sem revogar o aumento da tarifa, discutir tarifa social ou até tarifa zero, não adianta chamar para reunião. Porque se o aumento não for cancelado, a partir de quarta-feira haverá o dobro de gente nas ruas", diz Almeida.

A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) também divulgou apoio à manifestação e convocou todos os associados e entidades filiadas a "somarem-se nas ruas nessa luta que também é nossa".


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