Folha de S. Paulo


Protesto contra tarifa de ônibus reúne 1.000 pessoas em Curitiba

Um ato em solidariedade aos protestos de São Paulo e Rio de Janeiro contra o preço da tarifa de ônibus reuniu cerca de 1.000 pessoas em Curitiba na noite desta sexta-feira (14).

O grupo fez uma passeata pelo centro até a sede da prefeitura e do governo do Estado. Algumas ruas foram fechadas durante a manifestação, mas não houve registro de violência nem vandalismo.

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O ato não foi acompanhado nem pela guarda municipal nem pela Polícia Militar, seguindo uma orientação dos governos. Em Curitiba, a passagem subiu quase 10% em março e hoje custa R$ 2,85.

Na época do reajuste da tarifa, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) foi alvo de protestos esparsos, que mobilizaram pouco mais de cem pessoas.

O governo do Estado, liderado por Beto Richa (PSDB), também vem sendo cobrado por ter dado um subsídio financeiro ao sistema em 2010. O repasse foi renovado neste ano.

Hoje, os manifestantes pediram a queda do tarifa e a transparência na prestação de contas das empresas de ônibus da cidade. Também protestaram contra a violência policial e a "criminalização do vinagre", em referência aos presos nos protestos de São Paulo.

"Queremos transparência, que o prefeito abra a caixa-preta e dê estrutura para novas formas de transporte, com foco em ciclovias", diz a gestora ambiental Letícia Camargo, 26, uma das organizadoras da manifestação.

Agora, o grupo de entidades, que se organiza há dois meses, prepara um grande ato para a próxima sexta-feira, dia 21, a "Farofada do Transporte", convocado pela internet. Até agora, cerca de 2.500 pessoas confirmaram presença.

NOVO PROTESTO

O quinto protesto contra o aumento da tarifa do transporte público, marcado para as 17h da segunda-feira (17), no largo da Batata, já conta com mais de 100 mil adesões na página do evento no Facebook, criada pelo Movimento Passe Livre.

O protesto de quinta-feira (13) contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens em São Paulo terminou com cerca de cem pessoas feridas, segundo o Movimento Passe Livre, que organizou a manifestação. Entre os feridos há sete jornalistas da Folha, sendo que dois deles foram atingidos por tiros de bala de borracha na cabeça.

O confronto entre manifestantes e PMs começou quando a polícia tentou impedir o grupo de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação, no sentido Paulista. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.


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