Folha de S. Paulo


Novo protesto contra tarifa conta com mais de 100 mil adesões no Facebook

O quinto protesto contra o aumento da tarifa do transporte público, marcado para as 17h da segunda-feira (17), no largo da Batata, já conta com mais de 100 mil adesões na página do evento no Facebook, criada pelo Movimento Passe Livre.

"A luta da população de São Paulo contra o aumento das passagens de um transporte que se diz público está cada vez maior e mais forte! Mas a única resposta do governo é uma repressão policial mais truculenta e arbitrária a cada ato", lê-se na descrição do evento.

Reprodução
Quinto protesto contra tarifa, marcado para segunda-feira, conta com mais de 100 mil adesões no Facebook
Quinto protesto contra tarifa, marcado para segunda-feira, conta com mais de 100 mil adesões no Facebook

CONFRONTO

O protesto desta quinta-feira (13) contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens terminou com cerca de cem pessoas feridas, segundo o Movimento Passe Livre, que organizou a manifestação. Entre os feridos há sete jornalistas da Folha, sendo que dois deles foram atingidos por tiros de bala de borracha na cabeça.

O confronto entre manifestantes e PMs começou quando a polícia tentou impedir o grupo de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação, no sentido Paulista. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.

Algumas bombas atiradas pelos policiais foram parar em um posto de gasolina, no cruzamento com a rua Caio Prado. Já a fumaça das bombas formou uma névoa que fez "desaparecer" os carros que ficaram parados na região. Alguns motoristas que ficaram parados na rua Caio Prado por conta da confusão decidiram trancar e abandonar os carros na via.

Em nota, o movimento afirmou que, "apesar do caráter completamente pacífico, a marcha foi violentamente atacada pela Polícia Militar, de forma arbitrária e inexplicada, na rua da Consolação". Ao menos, 137 pessoas foram detidas.

Estimativa da PM aponta que cerca de 5.000 pessoas participaram do ato. O movimento, no entanto, aponta que o número pode chegar a 20 mil.


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