Folha de S. Paulo


Manifestantes usam lixeiras como escudo em confronto com a PM

Manifestantes utilizaram lixeiras para se proteger das bombas de gás lacrimogêneo e das balas de borrachas atiradas pela Polícia Militar, no confronto de ontem, durante protesto contra o aumento da tarifa do transporte público, afirmou um funcionário de um posto de gasolina na rua da Consolação, que preferiu não se identificar.

A reportagem percorreu o trajeto do protesto e encontrou, especialmente na esquina da rua da Consolação com a Maria Antônia, diversas balas de borracha, pinos de bomba e lixeiras pelo chão. Na rua Augusta, o cenário era o mesmo.

Dos 235 detidos em protesto, 231 são liberados após prestar depoimento
Protesto deixa cerca de cem feridos no centro de SP, diz movimento

Maria Eduardo, que trabalha em uma loja de conveniência na mesma esquina, contou que dez pessoas se refugiaram no estabelecimento fugindo das bombas de gás lacrimogêneo. "Mesmo com as portas fechadas, muito gás entrou. O lugar é pequeno e as pessoas começaram a passar mal".

O grupo, então, correu para a pizzaria Bella Antonia, que fica mesma rua, buscando abrigo. Lá, encontraram as porta fechadas e clientes refugiados do lado de dentro.

Algumas horas antes, por volta das 17h30, no início da manifestação, Dari Castro, gerente de uma loja de calçados na região do Theatro Municipal, disse à reportagem que não havia necessidade de fechar as portas. "Estava tudo tranquilo. A Polícia não batia ainda".


Endereço da página:

Links no texto: