Folha de S. Paulo


Greve da CPTM complica chegada do paulista ao trabalho

Por conta da greve dos ferroviários nesta quinta-feira, os usuários dos trens da CPTM encontraram filas e confusão para chegar ao trabalho.

Na estação Pinheiros, os ônibus disponibilizados pelo Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) chegavam de 15 em 15 minutos, em média, e a maioria das pessoas não sabia onde a fila começava e terminava. O mesmo acontecia com os próprios funcionários.

Vanessa Oliveira, 20, viu na televisão que ônibus estariam à disposição dos passageiros, mas reclamou do pequeno número disponibilizado. "Não sabia que ia estar cheio assim, é muito pouco ônibus para tanta gente".

A usuária da CPTM Cristiane de Souza, 31, que trabalha perto da estação Vila Olímpia, esperava um táxi enviado pela empresa. "Se eles não fizessem isso, não ia ter jeito de chegar. Esses ônibus estão superlotados, sem condições de entrar".

Quem optou por um táxi como Cristiane, mas não contou com a boa vontade do chefe, também enfrentou filas. É o caso de Ângela Malta, 20, que esperava em uma fila de 15 pessoas. "O jeito é pegar táxi, porque pegar ônibus não dá. Ninguém respeita, passam na sua frente".

A greve causou trânsito recorde do ano na parte da manhã. Por voltas das 11h, a cidade registrava 148 km de lentidão, o que representa 17% dos 868 km de vias monitoradas pela CET.

A CPTM ainda não tem uma estimativa de quantos passageiros foram prejudicados, mas a linha 9-esmeralda, que está totalmente paralisada, é utilizada diariamente por 550 mil usuários.

Já o trecho da linha 11 que está parado transporta diariamente 200 mil passageiros. Na linha 12, segundo a CPTM, não é possível calcular quantos passageiros usam o trecho que está paralisado. A linha completa é usada diariamente por 240 mil passageiros.

Editoria de Arte/Folhapress

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