Folha de S. Paulo


Metrô estima prejuízo de mais de R$ 100 mil após protestos em SP

Os protestos realizados na última semana contra o aumento das passagens de ônibus provocaram um prejuízo de R$ 109 mil ao Metrô de São Paulo, segundo estimativa divulgada nessa quarta-feira. Com o valor seria possível comprar 34 mil passagens de ônibus, metrô ou trem.

Atos de vandalismo durante a manifestação de ontem totalizaram prejuízo de R$ 36 mil. Na última quinta-feira (6) um outro protesto, também contra o aumento das passagens, já tinha provocaram danos no valor de R$ 73 mil. Na ocasião, o Metrô também disse que acionaria a Justiça para ressarcir os danos ao patrimônio público.

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Na noite de ontem, a entrada da estação Trianon-Masp, da linha 2-verde, na avenida Paulista, teve os vidros quebrados pelos manifestantes, e teve que ser fechada. O grupo também causou dano a agências bancárias e lojas, além de ônibus e muros que foram pichados e danificados. Ao todo, 85 ônibus foram vandalizados.

Na semana passada, as estações Brigadeiro e Trianon-Masp já tinham tido os vidros de seus acessos quebrados e, junto com a estação Consolação, foram fechadas enquanto os manifestantes passavam pela região. A estação Vergueiro, da Linha 1-azul, teve um de seus acessos fechado devido à depredação em seu interior, que resultou em um agente de segurança do Metrô ferido levemente.

A manifestação de ontem reuniu cerca de 5.000 pessoas e resultou em confronto com policiais militares no terminal Parque Dom Pedro 2º e na avenida Paulista. Também foi deixado um rastro de vandalismo pela região central. Com isso, 20 pessoas foram detidas, sendo que dez permaneciam presas hoje.

A passagem foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. A inflação desde o último aumento nos ônibus da capital, em janeiro de 2011, foi de 15,5%, de acordo com o IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE). No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Se optassem por repor toda a inflação oficial, a gestão Fernando Haddad (PT) teria de elevar a tarifa para R$ 3,47 e o governo Alckmin, para R$ 3,24.


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