Folha de S. Paulo


Promotoria faz encontro para discutir aumento da tarifa de ônibus

O Ministério Público de São Paulo realizará na tarde de amanhã (12) um encontro com representantes das secretarias estadual e municipal de Transportes para discutir o aumento das passagens de ônibus. Organizações civis também estão convidadas.

O evento vai ocorrer a partir das 14h no edifício sede do Ministério Público, na avenida Brigadeiro Luís Antônio, 35, na região central da cidade. Segundo o órgão, o Secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, já confirmou presença.

O aumento das passagens de ônibus, trem e metrô provoca uma série de protestos desde a semana passada. Na quinta-feira (6), manifestantes liderados pelo Movimento Passe Livre fecharam avenidas como a Nove de Julho, a 23 de Maio e a Paulista.

Houve confronto com a polícia e os manifestantes deixaram um rastro de vandalismo pela região, com pichações, placas e lixos danificados. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para conter o grupo.

Na sexta-feira (7) houve outro protesto, agora na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Um novo protesto está sendo anunciado para o fim da tarde desta terça-feira, novamente na avenida Paulista. Por volta das 16h30, o grupo ainda era pequeno e se concentrava no vão do Masp.

O Movimento Passe Livre afirmou em nota divulgada hoje que "não é o dono das mobilizações contra o aumento. Esta é uma luta ampla e popular com uma reivindicação única, clara e simples: a redução da tarifa de ônibus".

"Só protocolamos um pedido com o prefeito, com quem queremos falar sobre a redução da tarifa. Se formos chamados pelo Ministério Público, vamos estudar", disse o estudante de Filosofia, Marcelo Hotimsky, 19, um dos organizadores do Passe Livre.

A passagem foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. A inflação desde o último aumento nos ônibus da capital, em janeiro de 2011, foi de 15,5%, de acordo com o IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE). No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Se optassem por repor toda a inflação oficial, a gestão Fernando Haddad (PT) teria de elevar a tarifa para R$ 3,47 e o governo Alckmin, para R$ 3,24.


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