Folha de S. Paulo


Homem é queimado em SP após dizer a assaltantes que tinha apenas R$ 100

Um analista financeiro de 41 anos teve o corpo queimado na noite de sexta-feira (7), na zona sul de São Paulo, após dizer a dois assaltantes que tinha apenas R$ 100. O homem foi internado com ferimentos nas mãos, braços, pescoço e rosto, além de lesões corporais. Ele não corre risco de morrer.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o assalto aconteceu por volta das 21h30, em uma rua paralela à avenida Luiz Carlos Berrini. A vítima disse aos policiais que caminhava em direção a uma agência bancária quando foi abordado por dois homens a pé. Os ladrões exigiram que ele voltasse para o carro dele, uma Pajero TR4 prata, e sentasse no banco traseiro.

Um deles assumiu a direção do veículo enquanto o comparsa sentou no banco de trás. Durante o percurso, o bandido que estava sentado ao lado da vítima jogava um líquido inflamável na roupa dele e, com um isqueiro na mão, ameaçava atear fogo.

Segundo depoimento à polícia, a vítima insistiu em dizer que tinha apenas R$ 100, quando o homem acendeu o isqueiro e a vítima teve o corpo incendiado. Desesperado, ele abriu a porta e pulou do veículo, no cruzamento da avenida Doutor Chucri Zaidan com a com a ponte do Morumbi. O analista correu para o outro lado da via e pediu ajuda a um taxista que passava pelo local, que o levou para o hospital São Luiz, no Morumbi (zona oeste).

O carro da vítima foi encontrado por volta das 23h20, também incendiado, na rua Professor Santiago Dantas, esquina com a Francisco Tramontano, próximo à favela Real Parque, na Vila Tramontano. Ao chegar ao local, policiais militares encontraram uma unidade do Corpo de Bombeiros tentando controlar o fogo do veículo em chamas.

A vítima disse que os suspeitos não tinham armas de fogo. Os policiais não localizaram testemunhas presenciais ou câmeras de segurança. O analista foi orientado a ir ao 91º DP (Ceagesp) para fazer um reconhecimento fotográfico dos suspeitos.

O caso foi registrado como roubo, localização e apreensão, incêndio e extorsão.

OUTRO CASO

A dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza foi morta no consultório dela, no Jardim Anchieta, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Ela teve o corpo incendiado com álcool e morreu no local do crime após dizer que só tinha R$ 30 para entregar aos assaltantes. (FELIPE SOUZA)


Endereço da página:

Links no texto: