Folha de S. Paulo


Com confronto, comerciantes fecham as portas na região da Paulista

Estabelecimentos das avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio fecharam as portas na noite desta quinta-feira após o confronto entre policiais militares e manifestantes que faziam um ato contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trens da capital paulista.

"Aqui não vai entrar", disse o funcionário de um bar, com um ferro na mão. "A PM não faz nada. Tem que descer a borracha", afirmou. Segundo a PM, os manifestantes provocaram vandalismo, com pichações de muros e ônibus, além de terem quebrado placas de sinalização.

Ao menos 30 pessoas se feriram em protesto, dizem manifestantes
Protesto contra aumento da tarifa de ônibus afeta o trânsito no Rio

Às 21h30, manifestantes ainda bloqueavam a avenida Paulista, próximo à rua Otávio Mendes, em ambos os sentidos. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que os motoristas devem usar a rua 13 de maio para concluir o trajeto.

Para conter o movimento, a PM usou gás lacrimogênio e tiros de bala de borracha para reprimir o protesto, o que provocou correria. A Força Tática esteve no local. Os organizadores apontam que ao menos 30 pessoas ficaram feridas.

O movimento organizado por estudantes e partidos radicais de esquerda usou baterias, tambores e faixas contra o prefeito Fernando Haddad (PT). Nas mãos, eles empunhavam bandeiras do PCO (Partido da Causa Operária) eles gritavam: "mãos para o alto, R$ 3,20 é um assalto".

O protesto começou na praça Ramos, na região central, e passou pelas avenidas 23 de Maio e Nove de Julho, que chegaram a ser fechadas. O grupo parou em frente ao prédio da Gazeta, na avenida Paulista, e chamou alunos da Faculdade Cásper Libero para o protesto, mas poucos aderiram.


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