Folha de S. Paulo


Lotado, hospital público para animais forma fila de madrugada

Donos de bichos de estimação doentes precisam chegar de madrugada no Hospital Público Veterinário de São Paulo, no Tatuapé (zona leste), para garantir uma consulta. A cada dia são distribuídas apenas 30 senhas para atendimentos. Quem tem retorno ou consulta marcados não precisa aguardar.

Para evitar tumulto, uma lista com o nome dos donos dos animais é organizada todas as noites. Os que chegam depois da lista preenchida voltam para casa. Já os "sortudos" têm de passam a noite na sala do hospital até a triagem dos casos e atendimento, que começam às 7h.

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Primeira da fila, a dona de casa Milena Rodrigues, 32, chegou anteontem às 23h50. "É a segunda vez que venho. Na segunda-feira, cheguei às 4h30 e já não tinha mais vaga", afirma. O gato dela, Pingo, foi atropelado na última quinta-feira.

Pingo passou pela triagem e ficou internado, à espera de uma possível cirurgia. Milela foi embora às 10h30.

Mais demorado foi o atendimento da gata Belinha, que estava com dificuldades para andar. Ela e a dona, Agmar Ferreira, 44, entraram na fila à meia-noite de ontem. Mas como o ortopedista só começava a trabalhar às 14h, aguardaram quase 15 horas. "Esperei tanto e o veterinário disse que ela tem que contar com a sorte para sobreviver."

Muitos elogiam o serviço oferecido pela prefeitura. "Vale a pena esperar, o atendimento é ótimo", disse a psicóloga Ana Paula Kuller, 27 anos. Ela levou o pitbull Costela para passar no dermatologista. (ANA FLÁVIA OLIVEIRA)


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