A Justiça do Rio decretou nesta quinta (5) a prisão preventiva do técnico de enfermagem suspeito de ter estuprado duas pacientes internadas no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Quinta D'Or, em São Cristovão, zona norte.
"Os fatos narrados na denúncia, ao final, acaso provados, fazem com que se vislumbre verdadeiro ataque à paz social. No que concerne à decretação da prisão preventiva do réu, bom de ver que o tipo penal enfrentado é dotado de característica da hediondez", afirma em sua decisão a juíza Simone de Faria Ferraz, da 27ª Vara Criminal.
O técnico de enfermagem começou a ser investigado em meados de maio depois que uma universitária recém-operada, de 36 anos, denunciou ter sofrido abuso enquanto ficou internada no CTI. De acordo com a polícia, imagens internas do hospital mostram o suspeito indo até 20 vezes ao leito da universitária, com a luz apagada.
A outra suposta vítima é uma mulher de 66 anos que teria sido estuprada em fevereiro. A família da paciente informou à polícia que na época levou o caso ao conhecimento da equipe médica que a tratava. A denúncia, no entanto, não teria sido documentada pela família. A mulher contou ao delegado que o enfermeiro fazia "toques maliciosos com conotação sexual" em momentos como a hora do banho.
Em depoimento, o profissional negou envolvimento nos casos e disse ser inocente.
O técnico de enfermagem foi demitido do hospital por justa causa depois que sindicância interna constatou que ele costumava fazer sozinho a higiene dos pacientes, quando o protocolo de atendimento da unidade exige a participação de dois funcionários.