Folha de S. Paulo


Estudantes do Sion fazem homenagem a funcionário morto em assalto

Estudantes do colégio Sion, em Higienópolis (na região central de São Paulo), fizeram na manhã desta terça-feira uma homenagem a Eduardo Paiva, 39, funcionário da escola que foi morto durante uma tentativa de assalto ontem.

O roubo ocorreu próximo à porta do colégio, na avenida Higienópolis. Paiva tinha acabado de sair de uma agência bancária e seguia em direção à escola quando foi abordado por um assaltante. Ele reagiu e acabou atingido por um tiro na cabeça.

Dinheiro da vítima era para construir casa e se livrar do aluguel
Funcionário do Sion ajoelhou antes de ser morto por assaltantes

Com flores e cartazes, a homenagem dos alunos foi montada no pé de uma árvore que fica na calçada onde Paiva foi assaltado e morto. "Mais amor, por favor", "Eduardo, trabalhador honesto" e "Cadê a segurança?" eram algumas das frases pintadas nos cartazes.

"A gente ouviu muita coisa sobre o que aconteceu e queríamos contribuir com alguma coisa simples. Ele era uma pessoa muito boa e honesta", disse Rebeca Araújo, 12, enquanto colava um cartaz na árvore com sua irmã Raquel --ambas estudam no 7º ano do Sion.

CASA

Segundo familiares de Paiva, o dinheiro levado por ele estava reservado para pagar o pedreiro que contratou para erguer sua casa, na zona norte de São Paulo.

"Ele era muito calmo, mas a gente nunca sabe como a pessoa vai reagir. Ainda mais ele, que estava feliz e empolgado com os bicos que fazia para pagar a casa", conta sua irmã, Cirleane Paiva, 35, que trabalhava a um quarteirão do Sion, onde ocorreu o crime.

Natural de Vitória da Conquista, na Bahia, Paiva vivia havia 22 anos em São Paulo. Seus 13 irmãos decidiram enterrá-lo em sua terra natal "para ficar ao lado dos pais".

"A polícia está empenhada. As câmeras de vídeo mostram bem a ação desses criminosos bárbaros. Não vamos atrapalhar a investigação policial, que está indo rápido, indo bem. Vamos aguardar que a própria polícia, no momento adequado, se manifeste, já identificados os criminosos e presos", afirmou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), nesta terça-feira.

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