Pesquisa feita pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) mostra que 83% dos homicídios solucionados pela polícia brasileira foram motivados por questões fúteis e poderiam ser facilmente evitados.
São casos em que uma pessoa poderia evitar o assassinato desde que não se deixasse levar pela emoção, pelo nervosismo ou por provocações.
Não há dados científicos, mas especialistas na área jurídica e em segurança pública costumam dizer que a sensação de impunidade é um dos motores da criminalidade.
Quando o criminoso acha que dificilmente será punido ele se arrisca. É aí que ladrões se transformam em assassinos e o que era para ser um roubo de carteira, se torna um latrocínio.
É por isso que os modelos mais modernos de policiamento no exterior investem cada vez mais na prevenção, no patrulhamento de ruas e no fortalecimento da parceria entre policial e a comunidade.
É a sociedade quem vai nortear os trabalhos da polícia e da própria Justiça para coibir o crime e romper o ciclo vicioso da sensação de impunidade.
Mas e quando o crime se consumar? Mais do que o combate ostensivo, adequado para os flagrantes de desrespeito à lei, a eficácia policial se dá por meio da inteligência e da investigação.
Quanto mais criminosos forem presos e mais contundentes forem as provas contra eles, menor será a probabilidade de eles se livrarem da cadeia.