A Justiça do Rio negou nesta segunda-feira o pedido de habeas corpus feito pela defesa do pastor Marcos Pereira da Silva, presidente da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Ele está preso desde o início do mês após ser acusado de estupro e de coação a testemunhas do processo.
Os advogados do religioso apontavam falhas na investigação no pedido de liberdade, mas o juiz da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti concluiu que não houve qualquer erro no processo e apontou ainda que os motivos que levaram ao decreto de prisão preventiva continuam valendo.
Irmão do pastor Marcos falta a depoimento após suposta injúria
Pastor suspeito de abuso diz que nunca se envolveu com fiéis
A Justiça já tinha indeferido outros dois pedidos de liberdade, em caráter liminar (provisório), feitos a favor do pastor. O mérito dos dois processos, porém, ainda deverão ser julgados.
A Promotoria denunciou o pastor sob acusação de dois abusos sexuais e uma ameaça contra uma das mulheres que prestou depoimento contra ele. Na semana passada, porém, ele também foi indiciado pela polícia sob suspeita de ameaçar duas testemunhas do processo.
| Felipe Varanda - 1º.jun.04/Folhapress | ||
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| O pastor Marcos Pereira da Silva, da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias; ele é suspeito de abusar sexualmente de fiéis |
Segundo as denúncias do Ministério Público, o réu é pessoa de alta periculosidade e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. A denúncia encaminhada à Justiça aponta ainda que o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar e, até mesmo, aterrorizar suas vítimas.
"O relato é estarrecedor. Revela de forma clara que o denunciado é maquiavélico, de um pobreza de espírito sem tamanho, só para conseguir dar vazão aos seus instintos sexuais. É uma conduta vil, torpe", informou o promotor Rogério Lima Sá Ferreira.