Reajustes na tarifa de ônibus anunciado em São Paulo, ainda que abaixo da inflação, já motivaram agitação política para prefeitos de capitais empossados neste ano.
O aumento de 6,7% vai elevar as tarifas de ônibus, metrô e trens da capital paulista de R$ 3 para R$ 3,2 a partir de 2 de junho.
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Em Porto Alegre, onde a passagem subiu de R$ 2,85 para R$ 3,05 em março, manifestantes depredaram a sede da prefeitura em protesto contra a gestão de José Fortunati (PDT).
A mudança foi derrubada pela Justiça semanas depois, em decisão que apontou "indícios de abusividade" no aumento de 7% (a inflação foi de 6,3%). A prefeitura, desgastada, não recorreu da decisão.
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O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), também enfrentou protestos por reajustar a passagem, que hoje custa R$ 3. Apesar do aumento menor que a inflação, o tucano enfrentou resistências.
Em Fortaleza, o aumento da tarifa no final da gestão de Luizianne Lins (PT) foi classificado como "pegadinha triste" pelo novo prefeito, Roberto Claudio (PSB), que tirou o reajuste, mas teve que restabelecer o valor de R$ 2,20 devido a uma decisão judicial.
Já em Curitiba, o ônus do reajuste de 9,6%, proposto pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT), ficou com o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que relutou em renovar o subsídio para baixar a tarifa.
O acordo entre Fruet e Richa para impedir o aumento saiu dois meses depois. (ESTELITA HASS CARAZZAI)