Folha de S. Paulo


Promotoria do RS denuncia dois suspeitos de fraudar do leite

O Ministério Público do Rio Grande do Sul apresentou denúncia nesta quarta-feira (15) contra duas pessoas por adulteração de produto alimentício destinado a consumo, crime que prevê pena de quatro a oito anos de prisão.

Os dois homens, Luís e Leandro Vincenzi, pai e filho, são donos da empresa LTV - Indústria, Transporte e Comércio de Laticínios Ltda, de Guaporé. Leandro está preso no presídio estadual da cidade desde a deflagração da Operação Leite Compen$ado, na semana passada. Luís não teve a prisão decretada. A reportagem não conseguiu contato com os denunciados ou seus advogados.

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Segundo o Ministério Público, os Vincenzi adulteraram leite com uma mistura de água e ureia em diversas oportunidades, de outubro de 2011 a abril de 2013. Leandro era o administrador da empresa e Luís fazia o apoio logístico para o suposto esquema de fraude.

Ainda de acordo com a Promotoria, a denúncia não pode ser divulgada por conter a transcrição de trechos de gravações telefônicas que estão sob segredo de justiça.

Outras denúncias deverão ser apresentadas nos próximos dias para os núcleos de Ibirubá e Horizontina, também identificados pela investigação do Ministério Público.

COLIFORMES

Na quarta-feira (14) o Ministério Público havia divulgado os resultados de testes realizados em amostras de água de uma propriedade rural em Ibirubá, recolhidas durante a execução de mandados de busca e apreensão da operação.

Segundo o Ministério Público, os exames revelaram a presença de coliformes fecais e a ausência de cloro na água, o que significa que ela é imprópria para o consumo humano.


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