Folha de S. Paulo


Governador do Rio nega relação de ocupação de comunidade com visita do papa

O governador do Rio, Sérgio Cabral, negou nesta segunda-feira (29) que a ocupação pela polícia da comunidade Cerro-Corá, na zona sul da cidade, tenha relação com a visita do papa Francisco e a Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerão em julho. No local, será instalada a 33ª Unidade de Polícia Pacificadora, que terá 190 policiais.

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Polícia ocupa comunidade do Cerro-Corá, na zona sul do Rio

"Essa ocupação já estava prevista há muito tempo, nós estamos resgatando mais de 40 anos de abandono, e iremos receber o papa com muito carinho e emoção para realizarmos um grande evento na nossa cidade", destacou o governador.

Ele avaliou ainda como positiva a operação. "A comunidade sofria pelo alto nível de tensão que imperava diante do poder paralelo que ali se instalava e também por abrigar os bandidos que praticavam qualquer tipo de crime em toda região da zona sul. Este trabalho da polícia é muito estratégico, é o conjunto de ações que nós esperamos implantar em todo estado", disse Cabral, que se reuniu com autoridades estaduais de segurança.

Com a ocupação das favelas do Cosme Velho hoje, o Estado completa o plano de instalação da 33ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio. A operação, que começou às 5h, contou com a participação de 420 homens do Bope, dos Batalhões de Choque, de Ações com Cães, do Grupamento Aéreo e Marítimo e policiais do 1º Comando de Policiamento de Área da Polícia Militar, com apoio de helicópteros. Não houve confrontos.

UPPs

Já foram instaladas 32 UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) e retomados 221 territórios pelo Estado beneficiando mais de 1,5 milhão de pessoas. Mais de 8.000 policiais trabalham para reforçar a segurança nas comunidades. Até 2014, a polícia espera instalar 40 unidades.


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