Folha de S. Paulo


Polícia prende quarto suspeito de matar dentista na Grande São Paulo

A polícia prendeu na madrugada desta segunda-feira (29) em Itapevi, Grande São Paulo, o quarto suspeito de fazer parte da quadrilha que assaltou e queimou viva a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46, na última quinta-feira.

Thiago de Jesus Pereira, 25, cujo retrato-falado foi divulgado na última sexta-feira (26), confessou a participação em assaltos a outros consultórios, mas negou ter participado no que resultou na morte da dentista. Segundo a polícia, ele confessou ter participado de um assalto na avenida Padre Arlindo Vieira, no Parque Bristol (zona sul de SP), ocorrido no último dia 12.

A polícia, no entanto, não tem dúvidas que ele era um dos quatro assaltantes que atacaram Cinthya Moutinho.

Pereira foi preso por volta das 2h40 numa casa na rua Eduardo de Abreu, 18, no bairro de Engenheiro Cardoso, em Itapevi. Policiais militares chegaram ao esconderijo depois de receberem informações por meio de denúncia anônima feita ao Copom (Centro de Operações da Polícia Militar).

Este é o quarto suspeito preso sob a acusação de participação no crime. Entre eles há um adolescente de 17 anos.

Todos confessaram participação no assalto, segundo a polícia. Mas a responsabilidade por atear fogo foi assumida pelo menor de idade. Ele afirmou que estava sob efeito de cocaína.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que sua proposta de aumentar a punição a jovens envolvidos em crimes não se deve a "comoção social."

Os outros dois presos são Victor Miguel Souza Silva, 24, e Jonatas Cassiano Araújo, 21, que havia sido filmado pelo sistema de segurança de um posto de combustíveis. Ele usou um carro de sua mãe, um Audi, no assalto.

O CRIME

Cinthya Magaly Moutinho de Souza foi abordada pelos assaltantes na última quinta-feira (25) quando atendia um paciente em seu consultório, em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo. Dois integrantes do grupo ficaram no local e outros dois saíram para sacar dinheiro da conta bancária da dentista.

De acordo com a polícia, o adolescente e Victor confessaram ter jogado álcool e feito ameaças à vítima com um isqueiro enquanto parte do grupo buscava um caixa eletrônico.

A quadrilha ficou irritada ao saber que na conta da dentista só havia R$ 30. Ela estava amarrada, com as mãos para trás, quando foi queimada viva.

A polícia investiga a participação da quadrilha em outros seis casos, a maioria em clínicas odontológicas. Eles confessaram quatro casos.


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