Folha de S. Paulo


Advogado afirma que Bola estava na faculdade na noite do crime

A defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apresentou à delegada Ana Maria Santos um documento de uma faculdade em Belo Horizonte que atesta que na noite em que Eliza Samudio foi morta, em 10 de junho de 2010, ele estava em uma faculdade na Pampulha.

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Apesar disso, naquela mesma noite, Bola falou quatro vezes com Macarrão e se encontrou com ele perto da Toca da Raposa, na região da Pampulha, depois das 22h, o horário em que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário do goleiro Bruno Fernandes disse ter levado Eliza para morrer.

Essas ligações e encontro entre eles foram revelados pela quebra do sigilo dos aparelhos celulares deles.

O documento apresentado pelo advogado é uma lista de presença de Bola na faculdade à distância que ele cursava, mas que toda quinta-feira o ex-policial ia presencialmente à instituição, a Uninter.

Essa argumentação foi dada por Bola pela primeira vez em novembro de 2010, quando ele participou de audiência de instrução do processo no fórum de Contagem. Bola cursava tecnologia em gestão pública.

Naquela ocasião, segundo o "Jornal da Globo", a faculdade confirmou que Bola esteve na faculdade entre 18h20 a 20h30.

Pela quebra do sigilo telefônico, Macarrão ligou para Bola quatro vezes naquele dia: 15h06, 19h31, 20h31 e 20h52. Às 22h06 foi Bola quem ligou para Macarrão, diz a denúncia.

Segundo o promotor Henry Vasconcelos, quando Bola ligou para Macarrão a antena da operadora de telefonia registrou os dois celulares no mesmo local.

Já dura seis horas o depoimento da delegada, sendo que a defesa de Bola usou quatro horas e meia do tempo com os questionamentos.

O CASO

Esse é o terceiro conselho de sentença formado no caso do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza. Ela desapareceu em junho de 2010. Apesar de seu corpo nunca ter sido encontrado, a Justiça expediu a certidão de óbito de Eliza no início deste ano.

Anteriormente foram julgados Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário do goleiro, e Fernanda Castro, ex-namorada do jogador. Depois deles foram julgados Bruno e sua ex-mulher, Dayanne Souza --a única absolvida.


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