Folha de S. Paulo


Parentes usam camiseta de apoio a Bola durante julgamento em MG

Seis parentes de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, assistem ao julgamento de dentro do salão do Tribunal do Júri de Contagem (MG) vestindo camisetas de apoio ao ex-policial, denunciado como o matador de Eliza Samudio. Entre os parentes estão as duas filhas e o filho de Bola.

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As camisetas têm a seguinte frase na parte das costas: "Deus dê longa vida aos teus inimigos para que, de pé, eles possam ver a tua vitória".

Na parte da frente da camiseta aparece uma foto do ex-policial fazendo carinho em um rottweiler. Essa era a raça dos cães que Bola criava e que foram citados na investigação logo que o caso veio à tona, por meio de Jorge Rosa, então adolescente, primo do goleiro Bruno Fernandes.

Na casa de Bola, em Vespasiano (MG), foi dito ao adolescente que partes do corpo de Eliza teriam sido jogados para os cães comerem. Os laudos periciais não apontaram restos humanos na arcada dentária dos cães.

PRIMEIRO DEPOIMENTO

O primeiro depoimento do dia está sendo da delegada Ana Maria Santos, que trabalhou no inquérito policial. Ela presta declarações como informante, não como testemunha. Assim, ela não tem a obrigação de falar a verdade.

A delegada se sentou na cadeira em frente à juíza Marixa Rodrigues às 16h e até 16h40 ela ouviu a leitura de depoimentos dela nos julgamentos anteriores --de Bruno, em março último, e de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, em novembro do ano passado.

Em seguida, Ana Maria foi perguntada pelo promotor, durante uma hora e cinco minutos. Ela falou sobre o depoimento que tomou do então adolescente Jorge e disse que ele não foi pressionado. Foi Jorge quem citou Bola pela primeira vez e a pessoa que levou a polícia à casa do ex-policial como o suposto matador.

"Sempre fui e sempre serei extremamente profissional. [...] O menor jamais fora pressionado", afirmou. O advogado Ércio Quaresma começou a perguntar às 17h45, sem tempo para concluir os seus questionamentos.


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