Folha de S. Paulo


Grupo pesquisa DNA para rastrear aves que colidem com aviões

Foi concluída no final de fevereiro a primeira análise de DNA no Brasil feita para identificar uma ave que bateu contra um avião.

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O sequenciamento genético, feito em parceria pela Infraero e UnB (Universidade de Brasília), constatou que uma garça-vaqueira atingiu a turbina de um avião da Trip em Maceió, ano passado.

Na ocasião, ninguém se feriu. Uma das turbinas do avião ficou avariada e, a olho nu, não foi possível saber qual era o tipo de ave.

"Só havia manchas de sangue", disse Luís Luís Eduardo Paris, gerente de licenciamento e riscos ambientais da Infraero. O trabalho, iniciado em novembro, permitiu descobrir a espécie da ave.

O trabalho é essencial pois permite desenvolver ações específicas para combater a proliferação de aves no entorno de aeroportos, diz Paris.

"Conseguindo identificar a ave, é possível saber a forma específica de atuação."

banco de dados

Desde 2009, a Infraero está criando um banco de dados de aves que habitam o entorno de aeroportos brasileiros. O convênio com a UnB, iniciado em 2009, vai até 2014 e prevê outros testes de DNA em aves que bateram em aeronaves pelo país.

RISCO

Em 2012, o Brasil registrou pelo menos quatro colisões com aves por dia, segundo o Cenipa (órgão da Aeronáutica responsável pela investigação de acidentes aéreos).

Colisões com aves são fatores de risco na aviação em todo o mundo.

Um dos piores acidentes aconteceu em 15 de janeiro de 2009 em Nova York, nos EUA. Um Airbus A320 da US Airways perdeu os dois motores após decolar do aeroporto de LaGuardia ao ser atingido por um grupo de gansos.

Sem ter como voltar ao aeroporto, o comandante Chesley Sullenberger pousar o avião sobre o rio Hudson. Ninguém se feriu. (RICARDO GALLO)


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