Folha de S. Paulo


Bruno continua em cela de 6 metros, com rádio e TV, após condenação

Após o julgamento, o preso Bruno Fernandes de Souza vai seguir a rotina iniciada em 9 de julho de 2010 no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde está preso pelos crimes contra Eliza Samudio.

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Bruno continuará ocupando uma cela individual de 6 metros quadrados de um dos 17 pavilhões do presídio. A cela tem cama de alvenaria e banheiro equipado com chuveiro, pia e vaso sanitário.

Na cela, ele tem uma televisão de 14 polegadas e um rádio, levados por parentes. Segundo a Secretaria de Defesa Social, é direito de todos os presos terem TV e rádio fornecidos pelos familiares.

O goleiro recebe visitas quinzenalmente, que são alternadas entre sociais e íntimas. Uma visita frequente é a da sua mulher Ingrid Oliveira, 27. Estão cadastrados também para visitá-lo a avó, as duas filhas e um tio.

Editoria de Arte/Folhapress

Atualmente, o goleiro trabalha na lavanderia do presídio. Antes, atuava na faxina do pavilhão. Ele não recebe salário, mas trabalha para abater dias na sua pena.

O presídio tem capacidade para 1.664 presos e abriga, de acordo com o governo de Minas Gerais, 1.942 detentos.

O juiz da Vara de Execuções Criminais de Contagem, Wagner Cavalieri, afirmou que a Nelson Hungria é uma penitenciária "boa, que dá condições ao preso para cumprir a pena com dignidade, mas obviamente com o rigor do regime fechado".

CONDENADO

Bruno foi condenado na madrugada de sexta-feira a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato de Eliza. Com a sentença, ele só terá direito de voltar às ruas no primeiro semestre de 2018, quando poderá pedir progressão para o regime semiaberto.

Dayanne Souza, ex-mulher de Bruno, foi absolvida a pedido da Promotoria dos crimes de sequestro e cárcere privado do filho de Eliza e do goleiro, hoje com 3 anos.

O ex-assessor de Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, havia sido condenado a 15 anos de prisão pelo crime, bem como Fernanda Castro, ex-namorada de Bruno. No dia 22 abril começa o julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, suposto executor de Eliza.

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