O Ministério Público Federal no Rio pediu a condenação do jogador de futebol Emerson Sheik, do Corinthians, nesta terça-feira (26) por contrabando. Ele é acusado de ter importado dois carros de luxo ilegalmente.
Sheik e Diguinho são acusados de compra ilegal de carros de luxo
O procurador da República Sérgio Pinel também pediu a suspensão condicional do processo contra o jogador Diguinho, do Fluminense, caso o jogador não possua condenações anteriores nem processos em seu nome.
Emerson é acusado de contrabando por ter importado ilegalmente uma BMW X6 e um Chevrolet Camaro, enquanto Diguinho é acusado de receptação, por ter comprado a BMW de Emerson abaixo do valor de mercado.
Almeida Rocha/Folhapress | ||
O jogador Emerson Sheik, acusado de contrabando por ter importado dois carros de luxo ilegalmente |
A suspensão do processo contra Diguinho estaria condicionada, em um prazo de dois anos, a ele não se ausentar do estado do Rio por mais de 30 dias sem autorização judicial, comunicar qualquer alteração de endereço, comparecer a juízo trimestralmente para informar e justificar as suas atividades, bem como aceitar a perda do automóvel BMW e prestar serviços à comunidade por seis meses, por 16 horas por mês.
Caso não seja aceito o benefício da suspensão condicional do processo, o Ministério Público pede também a condenação de Diguinho pelo crime de receptação.
Emerson, no entanto, não recebeu o mesmo benefício pois o jogador possui sentença condenatória transitada em julgado. Além disso, o Ministério Público alega que o crime de contrabando foi cometido em duas oportunidades.
Durante as investigações da operação Black Ops, que desarticulou uma organização criminosa ligada à máfia dos caça-níqueis em outubro de 2011, foram colhidas provas da importação ilegal dos veículos usados.
Segundo a denúncia da Promotoria, ambos os carros foram importados por valores muito inferiores aos praticados no mercado, o que indicaria que Emerson tinha conhecimento da origem ilícita da compra.
OUTRO LADO
Em nota, o advogado Ricardo Cerqueira, defensor de Emerson, afirmou que o Ministério Público Federal já tinha pedido a absolvição do jogador em dezembro de 2012.
Ainda segundo o texto, "em 07 de janeiro de 2013, nós [a defesa] sustentamos que o Emerson não sabia da procedência do veículo, sendo, portanto um adquirente de boa-fé, pois pagou pelo veículo, com aparência de novo, o valor de mercado".