Folha de S. Paulo


Polícia faz buscas em casas de músicos da banda que tocava na Kiss

A Polícia Civil da Rio Grande do Sul cumpriu na manhã desta quarta-feira mandados de busca e apreensão em casas de músicos da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na noite do incêndio ocorrido na boate Kiss, em Santa Maria.

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A tragédia causou a morte de pelo menos 238 pessoas.

A suspeita da polícia é que o fogo tenha começado com um artefato pirotécnico que foi acionado pelo assistente de palco da banda, Luciano Augusto Bonilha, e segurado pelo vocalista, Marcelo de Jesus dos Santos.

As faiscas atingiram a espuma que revestia o teto e o material queimou liberando gases tóxicos, segundo a polícia.

A polícia não divulgou o nome dos integrantes da banda que tiveram a casa revistada.

Os objetos apreendidos foram levados em sacos pretos. A polícia convocou a imprensa para uma coletiva às 17h, quando deve divulgar o resultado da operação.

PRISÃO

Segundo o juiz, um dos donos da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, 28, que estava internado no Hospital de Cruz Alta, já foi transferido para a Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde se encontram detidos os demais acusados.

A presença do empresário na cidade, segundo o juiz, é importante já que a polícia ainda deverá fazer acareações e reconstituições do acidente. A defesa do empresário havia pedido que ele fosse transferido para a penitenciária de Ijuí.

Todos os presos estão em celas individuais e com o máximo de segurança, segundo o Tribunal de Justiça. Nenhum deles tem contato com outros presos.

O juiz também negou o pedido de Hoffmann para que ele passe por avaliação médica e psicológica e o de Spohr para que ele continue recebendo atendimento psiquiátrico pela equipe que já vinha o acompanhando desde sua internação.

O pedido de decretação de sigilo do inquérito policial, formulado pela defesa dos dois empresários, foi encaminhado ao Ministério Público para manifestação.


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