Folha de S. Paulo


Justiça nega revogação de prisão dos envolvidos em incêndio na Kiss

A Justiça do Rio Grande do Sul negou nesta quarta-feira (6) os pedidos de revogação de prisão dos envolvidos no incêndio da boate Kiss, ocorrido no dia 27 na cidade de Santa Maria. O acidente deixou 238 pessoas mortas.

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A prisão temporária (de 30 dias) dos sócios da casa noturna, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Hoffmann, e de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Augusto Bonilha Leão, foi decretada na última sexta-feira (1).

As defesas de Hoffmann e do produtor da banda encaminharam, segundo a Justiça, pedidos de soltura alegando "inconstitucionalidade na medida". Ao indeferir o pedido, o juiz Ulysses Fonseca Louzada considerou que a manutenção da prisão temporária é necessária para que a polícia continue a investigação para apontar os responsáveis pela tragédia.

PRISÃO

Segundo o juiz, o empresário Spohr, que estava internado no Hospital de Cruz Alta, já foi transferido para a Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde se encontram detidos os demais acusados.

A presença do empresário na cidade, segundo o juiz, é importante já que a polícia ainda deverá fazer acareações e reconstituições do acidente. A defesa do empresário havia pedido que ele fosse transferido para a penitenciária de Ijuí.

Todos os presos estão em celas individuais e com o máximo de segurança, segundo o Tribunal de Justiça. Nenhum deles tem contato com outros presos.

O juiz também negou o pedido de Hoffmann para que ele passe por avaliação médica e psicológica e o de Spohr para que ele continue recebendo atendimento psiquiátrico pela equipe que já vinha o acompanhando desde sua internação.

O pedido de decretação de sigilo do inquérito policial, formulado pela defesa dos dois empresários, foi encaminhado ao Ministério Público para manifestação.


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