A Polícia Civil de Santa Maria divulgou ontem imagens no interior da boate Kiss, localizada no centro da cidade, após o incêndio que matou 235 pessoas no último domingo (27).
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A polícia e o Ministério Público Estadual apontaram indícios de uma falha coletiva. Entre os problema identificados estão as reformas que a boate fez sem passar por vistorias, a falha da fiscalização de prefeitura e Corpo de Bombeiros e o uso de artefatos pirotécnicos indicados apenas para áreas externas durante a festa na casa noturna.
Nas imagens divulgadas é possível ver a espuma usada para revestir o teto da casa noturna. Hoje, a defesa de um dos sócios da boate Kiss admitiu que a casa noturna fez obra improvisada no teto.
O prefeito da cidade disse que houve vistoria a boate na data prevista, em abril de 2012, e que a documentação do estabelecimento está em dia. Segundo ele, na época, os fiscais observaram que o alvará sobre prevenção de incêndios só venceria em agosto de 2012 e, por isso, não tinham motivos para fechar o estabelecimento.
Já o Corpo de Bombeiros afirma que a fiscalização que cabe ao órgão não falhou. Segundo o major Gerson da Rosa Pereira, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, a lei estadual facultava ao prédio da Kiss, com suas dimensões e público autorizado de 691 pessoas, ter uma ou duas portas de saída.
INCÊNDIO
O incêndio aconteceu na madrugada de domingo (27) na boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS). O local é famoso por receber estudantes universitários. Ao todo, 235 pessoas morreram e outras 145 permanecem internadas.
O fogo teria começado na espuma de isolamento acústico da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.
Sobreviventes relataram que, antes de perceberem o incêndio, os seguranças teriam impedido os jovens de saírem sem pagar.
| Editoria de Arte/Folhapress |
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A maioria das vítimas morreu por asfixia durante a festa promovida por alunos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Muitas foram encontradas amontoadas nos banheiros, por onde tentaram fugir do fogo.
No local, havia apenas uma uma porta, que funcionava como a única passagem de entrada e saída da boate. Bombeiros e sobreviventes quebraram a fachada da casa noturna a marretadas para retirar as pessoas.
A boate Kiss, com capacidade para até 691 pessoas, recebeu entre 900 e 1.000 no dia do incêndio, de acordo com a polícia.
A direção da boate Kiss divulgou nota afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio a uma "fatalidade".